23 de janeiro de 2017

• Como fantoche


Um fantoche de mim mesmo
Eis o que sou!
Já que não inspiro, nem respiro

Vulgar é a monotonia que se arrasta
Espalhando as mesmas estórias
E incerta como o destino de um tiro

Um calabouço de mentes perversas
Um fantoche que nada pensa
E assim fica a palma das mãos imersas

Peculiar parecem ser as conversas
Que partem de uma boca estranha
E de um olhar insano

Um fantoche, ora que espetáculo
A saborear a matéria fria
Que assumem os dias, esses dias

Um a um, hora a hora, segundo a segundo.

Autoria: Franciéle Romero Machado
Imagem: Devian Art by bolshevixen

2 comentários:

  1. Jamais devemos ceder espaço total a nossa insanidade, pois assim como ela alimenta nossa expressão alimenta também os frios pensamentos que limitam nosso verdadeiro ser, essência e ação, frio e calor, felicidade e tristeza, Yin e Yang...
    Beijos Fran, gostei desta temática, parece conter traços do seu amor ao suspense, revelam muito de seus monólogos e pensamentos aleatórios, coisas que somente quem pratica a arte por amor vivencia...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, parece tão simples de nos perdermos em meio ao dia a dia e sermos alvos de ações impensadas e sentimentos que não fazem parte de nossa essência. Atualmente, acredito que as pessoas perdem-se sem sequer notar o que podem ter se tornado. Fico muito feliz e grata com sua visita e seja sempre bem-vindo ao espaço!

      Excluir

Deixe aqui algumas palavras sobre o que compreendeu, a sua percepção do que leu...