23 de janeiro de 2017

• Como fantoche

janeiro 23, 2017 2 Comments

Um fantoche de mim mesmo
Eis o que sou!
Já que não inspiro, nem respiro

Vulgar é a monotonia que se arrasta
Espalhando as mesmas estórias
E incerta como o destino de um tiro

Um calabouço de mentes perversas
Um fantoche que nada pensa
E assim fica a palma das mãos imersas

Peculiar parecem ser as conversas
Que partem de uma boca estranha
E de um olhar insano

Um fantoche, ora que espetáculo
A saborear a matéria fria
Que assumem os dias, esses dias

Um a um, hora a hora, segundo a segundo.

Autoria: Franciéle Romero Machado
Imagem: Devian Art by bolshevixen