25 de maio de 2016

• Apatia

maio 25, 2016 5 Comments

As mobílias trocam-se de lugar
Folhas caem na terra, decomposição
A insanidade te dá as mãos e aceitas
Como se fosse teu prêmio de consolação

Uma vida que se aflora demasiadamente
Observas de canto na sombra da letargia, 
Coração antes impulsionado, é ritmo parado
E a emoção outrora explosiva, só água fria

Assim mesmo, apatia é seu oxigênio agora
Em palpitares que não se propagam pelo pensar
Indiferente, não compra nem mais aqueles jornais
E hoje bebe com calma seus chás matinais

Patologia, caos emocional.

2 de maio de 2016

• Despir-se do orgulho

maio 02, 2016 4 Comments

Permito esse orgulho habitar essa casa
Dentro do meu eu, cheio de fragmentos
Tampouco ligo para as traças
que contornam as células de minha pele

Minhas aventuras de jamais abaixar a cara
Ação rara vindo de mim
Que te juro tentar encaixar essas cartas
Que por mero descuido espalham-se
Assim como jurei, controlar meus atos fraudulentos

Minhas íris ainda trazem engano cor castanho
E  esse humor estranho o qual desejo queimar
Antes que queime a polidez das minhas lágrimas 
quando erro, peco

E me desencontro no meio de entulhos
Arrumo um forma e troco a roupa dos meus defeitos
Retiro a sentença que houvera deixado a mim mesma
Mas humana sou, em meio a um universo...
[ocasional para os desconcertos].

Autoria: Franciéle Romero Machado