21 de abril de 2016

• Brandura

abril 21, 2016 9 Comments

Vou voar por essas ruas inquietas
Como se tivesse aquela alma de outrora
Pronunciar as palavras com toda garganta

Na minha consciência abrir as frestas
Pra que o sol entre sem demora
E que eu possa descobrir o que espanta

Existira tanta mocidade nessas faces
Uma festa, sempre caindo confetes
E o desabor quando se andava sozinho

Esperando algo que ficasse
Não um verso qualquer, milhares de verbetes
Um esconderijo, apenas um ninho

Assim viajo por esta velha cidade
Onde tudo insiste em ser demasiado igual
Até que o café me desperte em loucura

Será o momento ou muito tarde?
Para percorrer a vida que me faz jovial
E rasgar qualquer sinal de brandura

Autora: Franciéle R.Machado