5 de março de 2015

• Rasuras de mim

Quebra-se este espelho!
Este que costuma refletir 
[rasuras de mim...]
Em seus miúdos pedaços

Pois virei temperamental demais
E assim neste avesso permaneço
Em linhas tortas
Da caligrafia escrita depressa, sem precisão

Quebra-se este reflexo
Não quero me deparar com a alma
Que se envolve por abraço
E escreve loucuras [plena madrugada]

Essas rasuras mal escritas
Por aí refletem
O único resquício de lucidez
Que sobrou em mim

Autoria: Fran. Romero Machado
Imagem: ©2012-2014  Joana Sorino

3 comentários:

  1. Por onde seu corpo físico passa deixa rastro na terra, rastro físico que se apaga com o tempo, e rastro ideológico sentimental... a poesia é o rastro ideológico sentimental ao meu ver! Quem tem esse Dom, apreço pelo Dom, ou quem somente lê poesia por curiosidade é um ser muito abençoado! enfim... a poesia não tem explicação, seja qual for a forma que ela for dita ou expressa, nunca terá explicação! Como os nossos sentimentos são palavras tão simples de se escrever no Português Brasileiro, mas tão difíceis de serem expressadas pelos tantos que tentam fazer poemas de poetas que se julgam verdadeiros?... Sua poesia me transmite paz, e me faz sentir mais de um sentimento ao mesmo tempo... Parabéns!!! :)

    ResponderExcluir
  2. Suas poesias são lindas. Fran!
    Elas me deixam reflexivo, me faz olhar para o meu interior sempre, pois deixam uma lição, algo a procurarmos em nós mesmos, ou algo que não resolvemos de uma forma definitiva e que precisamos dar um sentido, um rumo!
    Grande abraço, sucesso, ótimo final de semana e grato pela visita!

    ResponderExcluir
  3. Escrita elegante, Franciele. Imagens legais. Abraços.

    ResponderExcluir

Deixe aqui algumas palavras sobre o que compreendeu, a sua percepção do que leu...