25 de janeiro de 2012

• A Efemeridade adoece

janeiro 25, 2012 14 Comments
É certo que vou arrumar
Esse meu quarto bagunçado
E parar de me achar
Um monumento ilhado
De emoções efêmeras

No dicionário busco o significado
Ao que tenho passado relutante
Deve haver algo embrulhado
Algo que seja mesmo constante
Sem tolices e asneiras

E eu tinha alguma emoção
Na ponta dos meus dedos
A qual já fiz tanta reclamação
Deixando nos modernos medos

Medos de que fira gravemente
E efêmera devo estar sendo
Alego que ando meio doente
O que estará me adoecendo?

Tal efemeridade a vir assim cedo?

---Fran.Machado

14 de janeiro de 2012

• Algo que Olvidei

janeiro 14, 2012 18 Comments

Nesses meus bolsos furados
Caíram tudo de abstrato
Escorreram junto à enxurrada

Quem sabe corações frustados
Na sombra de quem some no fato
E pensa guardar forças compensadas

Imóvel tenho tocado na brisa
Aquela mesmo que empurra
Que voa o amor na contradição

Que minha pele tanto alisa
Mas depois a surra
Como numa dor de negação

Algo que olvidei
Destino indeciso que deixei
Algo que permiti escapar
Sem nem mesmo cumprimentar


--- Fran.Machado

1 de janeiro de 2012

• Ao que é real

janeiro 01, 2012 12 Comments
Trouxe meus suspiros de repente
Você, que a minha alma varria
Eu sorria ao seu lado e você tão bem sabia
(Aquele sonho no início do dia isso previa)

Que aquela noite mostraria seus olhos de perto
Com as luzes da cidade tão viva e agitada
Com a música alta, com a temperatura fresca, com a emoção
Até com o incerto sendo suspeito de tirar a razão

E estou surpreendida
É tanta emoção que estou prendida
Ao intraduzível!
Ao que não me cabe explicar e explicar

Sentir é ser surpreendido e não querer nada mais dizer
Fechar os olhos e ao instante se render
Que é estar tão perto...assim!


---Fran.Machado




(Primeiro poema do ano, abrindo com palavras felizes)

Um Feliz Ano Novo!