28 de maio de 2011

• Em borrões moro

maio 28, 2011 8 Comments



Mofa-se esta cidade de drama
E a maquiagem se borrra
O rosto já mais límpido se acalma

Errôneo é fingir que nada se ama
A reclamar da paciência que torra
Um desconforto vil a alma

Acalentou essa sensação em arrepio
Uma sutileza se revela
Tanto sei que muito ignoro

Esse drama, a chuva, o inicio
Nem é capítulo de novela
Mas me revelo em borrões, ali moro

Molham-se meus leves gestos
Nesses devaneios modestos
Borrões parecem meu único protesto

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Autoria: Franciéle R. Machado