25 de abril de 2010

• Esse medo eu vou enfrentar

abril 25, 2010 9 Comments


Preciso bem mais que respirar
Quando o céu fica alaranjado
Sinto o instante a parar
No meu quarto bagunçado

Escrevendo e cantando
E isso é a minha euforia
Minhas ideias se juntando
Ficou para trás outro dia

Sei que lá fora anda uma multidão
Muita gente sem medo de surgir
E nunca renuncia a minha solidão
Cansei de muito fugir

Os olhos dos outros me reprimem
Aqui nas palavras livre sou
Meu rosto exprime
Certo temor e em frente vou

É um medo acompanhado do desejo
De mostrar minha maneira
A timidez que vejo
É coisa passageira

Do meu quarto bagunçado
Posso sentir a coragem chegar
Jamais será um sentimento rápido
Esse medo eu vou enfrentar
Enfrentar!
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Autoria: Franciéle.R.Machado

20 de abril de 2010

• Na linha da vida

abril 20, 2010 12 Comments


Aqui estou aguardando
Por falta de coragem
Levando pouca coisa na bagagem
A fugir em tudo pensando
Extasiada de um silêncio e uma magia
Que me enche de nostalgia

Vocês não me vêem agora
Sempre perdi o tempo, as horas
Embora aqui surjam oportunidades
Teimo a enxergar, a ver a causalidade
Esteja eu em qualquer lugar
Perdi as horas, tenho que esperar

Esperei demais e esperarei mais
Havia deixado para trás a importância
Agora o meu caminho está em paz
Era a minha ignorância
Em tudo que deixei passar
Na linha da vida
Buscarei acreditar
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Autoria: Franciéle.R.Machado

16 de abril de 2010

• Como um pássaro voando

abril 16, 2010 15 Comments



Quero acreditar nesse amor
Como se fosse um passáro voando

Não sentindo nenhuma dor
Quando está lhe alcançando

Escute que me tornei a voz!
Que fala aos seus ouvidos

Quando está só
Até quando está entristecido

Eu te amarei
Um sentir profundo

Eu logo te esquecerei
Sairá de meu mundo

Acreditar no seu olhar?
Isso é sonhar demais

Você não me ama e vai me machucar
Prometo que logo não te amarei mais

Insisto em esquecer
Insisto em não saber

No amor que aqui dentro permanece
Que lágrimas derrama

Entristece
Um coração que ama

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Autoria: Franciéle.R.Machado

11 de abril de 2010

• Mínimo fragmento

abril 11, 2010 20 Comments

Tarde, minha tarde
A esclarecer antigos sentimentos
Minha grande perda neste acalento

Só receio a profundidade
Com que a canção toca a me emocionar
Trazendo o sorrir ou o chorar

Nunca foi proibido chorar?
Tinha que ser proibido amar
Parecendo algo a faltar

No fundo dessa alma
Talvez saiba ou não
Procurando calma
Até então

Vago sentir
Chega a mim sem pretensão
Explicações não bastam
Não se retratam

Deixe-me em paz
Deixe-me ser como uma pintura
Ali parada e desenhada
Sem nenhuma modificação

Pintura escura
Perdida entre alguma escuridão
Que talvez tenha alguma emoção
Que não seja significativa
Sim alusiva

A qualquer opinião
A qualquer coração

Ser como um sentimento
Sem pulsação
Um mínimo fragmento
Uma frágil decoração

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Autoria: Franciéle.R.Machado

5 de abril de 2010

• Admiro

abril 05, 2010 12 Comments



Na sobreposta linha
Do meu pensar
Nada que possa se limitar
É possível tudo a quem caminha
Sem desistência, com paciência
Fortificada alma
A quem dou palmas

Só por observar o lutar
A quem para frente andar
Sem regredir, sem fugir

Traz certa admiração
A fé mostrando a direção
Leva ao ponto de um otimismo
Dando um fim ao pessimismo

São impulsos imperfeitos
Isso sei
Sendo que de algum jeito
Realizam-se planos como planejei

Admiro a quem é forte, com determinação
Por jamais desistir
Que se levanta de uma escuridão
Até quando se está para cair
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Autoria: Franciéle.R.Machado

1 de abril de 2010

• Solidão colorida

abril 01, 2010 15 Comments


Eu quero a minha solidão
Sem nada mais
Pois mesmo na multidão
Não sei reconhecer a paz

Um momento e estranhamente
A poeira vem levantando
E absurdamente
A poesia se silenciando

Nunca soube perfeitamente gritar
Nem agradar
Só sei ver a simplicidade
Há se espalhar na cidade

Cheia de cores a se desbotar
A solidão é a minha cor
Quanto ao receio, sempre me calou
São palavras que revelam o sol a se pôr

Na minha mente irreal
No coração sentimental

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Autoria: Franciéle.R.Machado